Memória que Brota da Terra: O papel da juventude camponesa na construção do primeiro assentamento do MST no Piauí (1985 – 1994), retrata o auge dos enfrentamentos no campo piauiense. Não haveria a luta pela Reforma Agrária e a constituição do MTS no estado sem a participação da juventude como parte da primeira linha. Por isso, historiar o perfil e o papel da juventude nos movimentos sociais do campo é sempre muito esclarecedor tal como abordado no presente trabalho. A luta pela posse da terra é uma das mais importantes para a superação do capitalismo semicolonial. Por isso mesmo, o latifúndio, quase sem exceção, trata com tamanha dureza as ocupações no campo. O autor concentra seu olhar nos jovens que ousaram subverter a ordem enfrentando a vergonhosa concentração de terra no semiárido piauiense. A juventude camponesa naquele assentamento realizou experiências num cotidiano regado ideais e práticas sociais, embora, durante e depois da conquista da terra, surgissem contradições entre a forma de vida construída no assentamento e os atrativos do meio urbano. Os leitores deste trabalho compreenderão como diferentes dimensões constituem a história dos jovens camponeses que participam da luta pela terra no assentamento Marrecas. A curiosidade do professor Marcones Herberte com o papel dos/das jovens faz destas memórias algo proeminente. E mais, assinala seu compromisso com a transformação das relações sociais e econômicas no campo.
Prof. Romildo Araújo (UFPI/CSHNB)
SOBRE O AUTOR
Marcones Herberte de Souza Lima Aguiar, Professor Efetivo do Instituto Federal do Maranhão – IFMA, Graduado em História pela Universidade Federal do Piauí – UFPI, Bacharel em Serviço Social pela Universidade Federal do Piauí – UFPI, Especialista em Metodologia do Ensino e da Pesquisa em História pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI, Mestre em Memória: Linguagem e Sociedade pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, Coordenador do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas do IFMA – Campus Presidente Dutra.