Escrever este livro foi, para mim, um ato de resistência. A cada dia que passava, sentia o peso das palavras não ditas e das verdades esquecidas. A urgência de falar sobre a educação na era digital me atravessou como uma onda avassaladora. O mundo está mudando rapidamente, e com ele, nossas formas de aprender e ensinar também precisam se transformar. Mas como? Essa pergunta ecoava em minha mente enquanto eu via jovens mergulhados em telas, mas sem conexão real – uma desconexão disfarçada pela agitação dos algoritmos.
Eu cresci acreditando na força da educação como ferramenta de libertação, influenciado por Paulo Freire e sua visão crítica sobre a prática pedagógica. Ao longo da vida, enfrentei desafios que moldaram meu entendimento do saber: vi amigos desistindo diante da pressão por resultados imediatos; testemunhei professores lutando contra o sistema que os aprisiona em um modelo ultrapassado. Essas experiências me impulsionaram a explorar as intersecções entre tecnologia e pedagogia — não apenas como um intelectual distante, mas como alguém que viveu essas tensões na pele.
Neste livro, desejo despertar no leitor uma consciência crítica acerca do nosso papel nesse cenário complexo. Que possamos juntos questionar o status quo e buscar novas formas de aprendizado que respeitem as singularidades de cada indivíduo. Espero que ao final desta leitura você sinta a mesma chama acesa dentro de si – uma vontade profunda de lutar pela inclusão e pela liberdade no espaço educacional.
(As autoras)