O presente estudo teve como objetivo fazer um diagnóstico da situação das famílias beneficiadas pelo Programa de Microcrédito Rural (Agroamigo) no Estado do Ceará. Os dados analisados foram obtidos a partir de uma pesquisa de campo no município de Quixadá. Como técnicas de análise foram adotados análise tabular, descritiva e gráfica, os testes t-Student, Tukey e Kruskall-Wallis para comparação das médias e proporções respectivamente. Na análise da qualidade de vida dos entrevistados recorreu-se ao cálculo do Índice de Qualidade de Vida (IQV) dos beneficiários e não beneficiários. Como principais resultados obteve-se que a idade média dos beneficiários é menor que a dos não beneficiários e o nível de escolaridade dos beneficiários é maior que dos não beneficiários. A principal ocupação dos entrevistados é a agricultura. A pequena propriedade rural é a mais comum nos dois grupos a maioria tem a posse dessa propriedade. A mão-de-obra mais utilizada pelos entrevistados é a familiar. O emprego agropecuário por hectare é maior nas atividades de bovinocultura e suinocultura. A renda da maioria dos beneficiários vem da agricultura e dos não beneficiários de pensões e aposentadorias. A maior média da renda agropecuária por hectare foi obtida na atividade de suinocultura, pois esta tem um retorno financeiro mais rápido que nas atividades de bovinocultura e ovinocultura. O IQV dos beneficiários e não beneficiários é de média qualidade de vida. As maiores contribuições do IQV vieram das condições de moradia, educação e saúde, e a menor veio do lazer. O Programa Agroamigo tem agilizado o acesso ao crédito aos agricultores familiares. É necessário acompanhar de forma mais rigorosa os recursos concedidos, orientando agricultores quanto à sua melhor forma de atuação junto ao mercado.
(Os autores)