Atividades humanas têm alterado os recursos naturais de maneiras dramáticas. A expansão demográfica e industrial demanda espaço para construção de cidades, moradias e fábricas. As áreas necessárias ao crescimento de uma sociedade resultam muitas vezes em desmatamento, que reduz drasticamente o número de espécimes da fauna e da flora, e desequilibra a frágil relação entre os componentes de um ecossistema, além de limitar a renovação do ar naturalmente proporcionada pela fotossíntese.
O crescimento populacional frequentemente não vem acompanhado de estações de tratamento de efluentes e processamento de lixo, acarretando em contaminação de solos e deterioração da qualidade da água de rios, lagoas e mares. A fim de lutar contra esta ampla degradação, há grande necessidade de sistemas de monitoramento ambiental.
A sociedade precisa rastrear a situação real dos seus recursos ambientais, e isso pode ser realizado através do processo de seleção dos objetos relevantes ao monitoramento, medindo suas características ou atributos, analisando todos aqueles dados através de modelos matemáticos, estatísticos, simulação e outras ferramentas. Os dados a serem coletados são em geral dispersos geograficamente e de diferentes tipos, adquiridos por sensores específicos ou pesquisadores.
Devido às próprias características dinâmicas, as variáveis ambientais requerem sobre si processo contínuo de monitoramento, seja por meio de sensores no local ou via satélite. Através da grande diversidade de sensores existentes, a observação de parâmetros ambientais fornece subsídios ao desenvolvimento sustentado, garantindo a integridade dos recursos naturais ao avaliar constantemente os impactos que as atividades econômicas produzem no ecossistema terrestre.
Assim, este livro apresenta um modelo baseado no paradigma de programação orientado ao objeto, que pode ser pensado como uma estrutura para todo tipo de sistemas de informação voltados ao monitoramento ambiental. Este modelo é orientado à Internet, no sentido de que o dado a ser coletado pode estar geograficamente distribuído. Após sua captura, o dado é enviado, pela Internet, a Sistemas Gerenciadores de Base de Dados (SGBD) específicos, para ser armazenado. Depois, esse dado bruto pode ser disseminado também pela rede mundial de computadores, para pesquisadores ou outras pessoas interessadas. Alguma análise será feita com os dados espaciais armazenados no SGBD, antes de sua apresentação aos usuários. Com esta estrutura, podem-se desenvolver modelos para diferentes tipos de ecossistemas e arquivá-los numa base de dados específica, visando sua posterior reutilização.
Sobre o autor
Prof. Luiz Alberto Roque, MSc-IFF. Especialista em Automação, Computação, EAD, Eletrotécnica, Física, Gestão, Meio Ambiente, Matemática e Mecatrônica.
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