A presente obra intitulada Educação, Profissão Docente e Sociedade: Os Desafios Contemporâneos do Professor apresenta uma série de textos que abrange aspectos da educação escolar na contemporaneidade na/da educação infantil até o ensino superior. Os textos trazem contribuições relevantes ao apresentar os desafios da profissão docente frente às identidades plurais, processo de formação didático-pedagógica e ensino-aprendizagem em contextos escolares pós-moderno. Destaca-se a importância formação continuada dos docentes, a fim de reverem suas práticas, procurando também atrair a família para que a mesma participe em parceria com a escola, favorecendo uma maior interação, o que resultará na conquista dessa nova educação.
O primeiro texto preocupa-se com a formação didático-pedagógica do professor do ensino superior e a construção do perfil docente. O estudo propõe discutir a formação dos docentes do ensino superior, e a importância de apresentarem uma didática efetiva para formarem novos profissionais, respeitando e compreendendo os desafios enfrentados pelos profissionais da docência. O procedimento metodológico foi por meio de um levantamento bibliográfico, a fim de avaliar a importância da formação do docente universitário no processo de ensino e aprendizagem do aluno, como ocorre sua formação, e a didática que utilizam para transmitir o conhecimento.
O segundo capítulo traz em questão as práticas pedagógicas e aprendizagem dos alunos contemporâneos. Reflete sobre as discussões em torno da qualidade do trabalho escolar, das dificuldades dos professores em sala de aula, da falta de formação acadêmica e da falta de desejo dos alunos pela aprendizagem. Este trabalho permeia por todas essas questões com objetivo de mostrar práticas pedagógicas simples e inovadores que dinamizam o trabalho na escola e despertam o desejo dos alunos pela aprendizagem. Através da pesquisa bibliográfica procurou-se compreender a problemática: Como despertar o desejo em aprender, na sociedade contemporânea, através de práticas pedagógicas inovadoras? Os principais autores que nos ajudaram nessa discussão foram: Freire (2004), Da Ros (2002), Kupfer, (1995), Piletti e Rosatto (2015), Rech (2014) entre outros. A pesquisa propõe sugestões para que a escola possa pensar sua metodologia de ensino, através de práticas pedagógicas inovadoras condizentes com a realidade da sociedade escolar contemporânea.
O terceiro capítulo discorre sobre a formação de professores: a importância do lúdico os autores discutem a se formação do professor tem sido suficiente para atendimento de todas as necessidades dos alunos em sala de aula e se a sua formação tem sido valorizada na prática profissional. Além disso, aponta para os desafios do professor em sala de aula ligado e a relação com a sua formação e como o lúdico pode contribuir. O texto vai apontar que o homem independentemente da idade utiliza-se do brincar e ser feliz como estratégias e metas para a vida toda e que a felicidade não depende de idade, é uma necessidade do ser humano. O texto ainda traz os recursos tecnológicos, sobretudo a internet, como ferramenta de fonte de pesquisa no auxilio as necessidades do professor e do aluno.
O capítulo quatro traz em reflexão os desafios da prática docente e a inclusão dos deficientes físicos no contexto escolar. Ao abordar os temas integração e inclusão verifica-se que a integração insere o aluno na escola acreditando na adaptação desse aluno em um ambiente já estruturado, enquanto a inclusão escolar está relacionada a redimensionamento de estruturas físicas da escola, percepções de professores e gestores, adaptações curriculares sabendo que adaptar não é mudar conteúdos acadêmicos entre outros. Os estudos revelam que embora se tenha a implementação de legislações específicas à inclusão de deficientes físicos, as instituições de ensino ainda não estão preparadas para a inclusão dos alunos com deficiência. Nesse sentido, a educação inclusiva tem importância fundamental, pois busca por princípios básicos, a minimização de todo e qualquer tipo de exclusão em arenas educacionais, e com isso elevar ao máximo o nível de participação, coletiva e individual de seus integrantes.
O capítulo cinco faz uma abordagem sobre o trabalho docente, sofrimento psicológico e mal-estar na sociedade contemporânea. Apresenta resultados de uma investigação sobre os fatores que provocam o sofrimento psicológico e o consequente adoecimento de professores da Educação Básica na contemporaneidade, destacando-se a relação entre o trabalho docente e os fenômenos que influenciam os processos de sofrimento psicológico dos referidos sujeitos. Os pressupostos teórico-metodológicos que fundamentaram a investigação foram os estudos de: Esteve (1999); Dejours (1992), Assunção (2008); Feldmann (2012); e Bakhtin/Volochinov (2014). A pesquisa do tipo bibliográfica com abordagem qualitativa foi fundamentada pelos estudos de Popper (2009), que discute sobre a pesquisa qualitativa no campo da saúde. Os resultados da pesquisa apresentam importantes contribuições para a identificação e compreensão dos fatores que causam o adoecimento/sofrimento psicológico dos professores, além de subsidiar futuras discussões a respeito do tema.
O sexto capítulo a autora traz em reflexão a Educação Escolar Indígena na Pós-Modernidade. Os entrelugares das populações tradicionais e as forças culturais modernizantes na educação escolar das comunidades indígenas são a centralidade das discussões apresentadas neste ensaio. Pretende-se, nessa proposta de discussão, pensar o sujeito indígena, sua identidade em contato com o mundo pós-moderno e como a escola das comunidades sistematizam o ensino considerando essa inter-relação mediando o direito dos povos indígenas de ter um ensino que considere suas especificidades no tocante à tradição, saberes e representações. Para fundamentar as reflexões, o trabalho foi divido em três momentos: o primeiro, discussão sobre questões de identidades na pós-modernidade, com conceito, em especial, de Hall (1999), Bauman (2005) e Bhabha (1998); em segundo momento a autora discorre sobre os desafios de contemplar um ensino diferenciado, bilíngue e específico na pós-modernidade e por fim apresenta algumas reflexões sobre os conteúdos escolares na educação escolar indígena e as concepções decoloniais sobre o conhecimento. A abordagem da pesquisa deu-se de forma qualitativa e descritiva e os resultados apresentados intencionam suscitar discussões sobre as negociações conscientes nas relações dos conhecimentos escolares das comunidades que resultem em uma formação de um sujeito com autonomia suficiente para ressignificar e significar-se.
O capítulo sete discorre sobre a prática da coordenação pedagógica e os desafios família-escola frente à formação crítica do aluno. Aponta a parceria escola e família como prática essencial para a formação do aluno crítico reflexivo. O estudo foi orientado pelas as matrizes teóricas: Freire (2009), Lima & Santos (2007) e Soares (2011). Segundo a autora o coordenador pedagógico exerce a função significativa no processo ensino- aprendizagem, e tem o desafio de encontrar formas para uma educação de qualidade, interagindo com todas as dimensões do ser humano.
O capítulo oito aborda a temática: contos de fadas na escola apontando as possibilidades e os desafios da prática pedagógica da leitura literária. Apresenta resultados de uma pesquisa aplicada sobre a leitura de contos de fadas na escola. O projeto foi desenvolvido em uma escola estadual, no município de Guajará-Mirim (RO), no período de abril a novembro de 2017. Os sujeitos da pesquisa foram alunos e uma professora do 6º ano do Ensino Fundamental. Buscou-se incentivar à leitura/escrita do gênero textual “Contos de fadas”, e refletir sobre as possibilidades e desafios da prática pedagógica da leitura literária na escola. As atividades foram desenvolvidas em quatro etapas: a primeira etapa consistiu na seleção e leitura de contos, na segunda etapa foi realizada a (re)contação da história (oral); na terceira etapa foram desenvolvidas atividades de leituras dramatizadas e na quarta etapa a reescrita dos contos de fadas lidos. Os resultados preliminares mostram que a prática da leitura de contos de fadas na escola favorece a aprendizagem da leitura e escrita possibilitando aos alunos a valorização da subjetividade.
O capítulo nove faz uma abordagem do ensino/ aprendizagem mediada por brincadeiras com destaque aos desafios diários do professor da educação infantil. A autora faz uma breve discussão sobre a importância das brincadeiras no processo de ensino e aprendizagem e sua contribuição para o desenvolvimento infantil. Busca-se ainda, exemplificar de que forma o brincar pode colaborar com as funções afetivas, cognitivas e sociais dos alunos, com ênfase na interação e cooperação.
O capítulo dez traz em destaque a família e sua relação com o desempenho escolar da criança na Educação Infantil, a autora destaca a importância da integração recíproca da família e escola. Aponta a família como responsável pela a formação início do indivíduo e a escola um ambiente de resgate de valores e formação crítica do educando.
O capítulo onze tem como princípio apresentar a experiência de estágio em Psicologia Escolar do Curso de Psicologia da Faculdade de Educação de Tangará da Serra⁄MT, que foi desenvolvido em uma instituição de Educação Especial. As teorias abordadas no trabalho abrangem uma visão humanista, empática e acolhedora sobre o cuidado com o outro. Enfoca a importância dos cuidados da saúde mental dos cuidadores de pessoas com deficiência, e a proposta do nosso trabalho de estágio era de fazer um acompanhamento preventivo, de valorização de habilidades, autoestima, e de cuidados com as mães⁄responsáveis que participam ativamente do crescimento, da educação e da evolução dos filhos com Deficiência, contemplando ações voltadas para a promoção da autoimagem e qualidade de vida em sua rotina diária.
O último capítulo apresenta resultados do estudo sobre o currículo do curso Magistério Indígena Tami’kan, sob a perspectiva dos Eixos Temáticos. O estudo foi baseado teoricamente nas legislações educacionais vigentes, com ênfase na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 9.394/1996 e fundamentos de autores que tratam de teoria do currículo como Silva (1999), Apple (2003) e Tadeu (2011). Os procedimentos metodológicos envolveram a pesquisa bibliográfica e documental, de cunho qualitativo e descritivo. Os resultados apontam que os eixos temáticos enriquecem o currículo do curso na medida em que permite, de forma interdisciplinar, uma abordagem sobre questões socioculturais da pluralidade étnico-racial existente entre as etnias de Roraima. Esta pedagogia fortalece os conhecimentos tradicionais indígenas, identidade, cultura, língua, perpassando pelas inovações metodológicas e tecnológicas que favoreçam o aprendizado. Dessa forma, contribui para o desenvolvimento do curso Tamî’kan na efetivação das legislações conquistadas por meio de suas lutas e manifestações coletivas.
Bethânia Moreira da Silva Santos
Eraldo Carlos Batista (Orgs.)
Sobre os autores e organizadores
Aline Ferreira de Morais – Graduada em Letras Língua Portuguesa e suas respectivas Literaturas pela Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Campus de Guajará-Mirim/RO. Membro do Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas – GEIFA. Email: [email protected]
Ana Hilda Carvalho de Souza – Doutora em Ciências: Ambiente e Desenvolvimento – UNIVATES. Mestre em Economia – UFRGS. Graduada em Matemática –UFRR, professora do Ex-Território Federal de Roraima, exercendo função de formadora no Centro de Formação dos Profissionais de Educação em Roraima – SEED/CEFORR/RR – Boa Vista – Roraima – Brasil – E-mail: [email protected].
Ana Ilda Miranda Fagundes – Acadêmica de Psicologia no Instituto FAEST, Tangará da Serra – MT. E-mail: [email protected]
Auxiliadora dos Santos Pinto – Doutora em Letras – Literaturas em Língua Portuguesa, pela UNESP/IBILCE/SJRP. Mestre em Linguística, pela UNIR. Especialista em Metodologia do Ensino Superior, pela UNIR. Especialista em Recursos Humanos, pela UNIR. Especialista em Gestão Pública, pela UNIR. Professora Adjunta do Departamento Acadêmico de Ciências da Linguagem (DACL), curso de Letras, da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Campus de Guajará-Mirim. Vice-líder do Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas – GEIFA. Email: [email protected].
Bethânia Moreira da Silva Santos – Doutoranda em Educação pela Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI/Faculdade Católica de Rondônia – FCR. Mestre em Ciências da Linguagem pela Fundação Universidade Federal de Rondônia. Professora da Rede Estadual de Ensino de Rondônia (SEDUC-RO). Graduada em Letras Língua Portuguesa e suas respectivas Literaturas. Atualmente é Membro do Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas – GEIFA. Email: [email protected].
Cecília de Campos França – Pós-Doutorado em Educação na Unicamp – Universidade Estadual de Campinas. Graduada em Psicologia e Pedagogia pela Universidade São Marcos em São Paulo. Mestrado e Doutorado em Educação, subárea de Psicologia da Educação na PUC de São Paulo – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Atuou em cursos de Especialização nas áreas de Educação e no mestrado em Educação da UNEMAT, Professora em diversos cursos de licenciatura na EAD da UNEMAT. Professora adjunta da UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso. E-mail: [email protected]
Eli José da Fonseca – Graduado em Pedagogia pela Universidade Federal de Mato Grosso, formado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, Graduado em Gestão Escolar pela Faculdade de Juruena – AJES. Professor Concursado pela Prefeitura de Colniza e Concursado pelo Estado de Mato Grosso (SEDUC). E-mail: [email protected]
Elisangela Rodrigues dos Santos – Mestranda em educação pela Universidade Estadual de Mato Grosso – UNEMAT, Especialista em Gestão Escolar pela Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT e Psicopedagogia Institucional pela FINOM, Professora formadora em Alfabetização no CEFAPRO de Tangara da Serra e Graduação em Pedagogia pela UFMT.
Eraldo Carlos Batista – Doutor em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica – PUCRS/Faculdade Católica de Rondônia – FCR. Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Rondônia – UNIR. Especialista em Saúde Mental pela Universidade Católica Dom Bosco – UCDB. Graduado em Psicologia pela Faculdade de Rolim de Moura – FAROL, E-mail: [email protected]
Jaci Lima da Silva – Professor Orientador na Linha 1: Formação, Trabalho Docente e Currículo do Programa Mestrado Acadêmico – UERR no Campus Boa Vista Centro – IFRR. [email protected]
Jair Pereira da Cruz – Mestre em Educação, Pela Universidade do Estado de Mato Grosso – Unemat. Professor da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso. Especialização em Psicopedagogia Institucional pela Faculdade de Educação de Tangará da Serra e Gestão, em Orientação Educacional e Supervisão Escolar pela Faculdade Phenix de Ciências Humanas e Sociais do Brasil. Graduado em Pedagogia pela Universidade Federal de Rôndonia – UNIR e Letras: Português/Inglês pela Universidade Federal de Mato Grosso. E-mail: [email protected]
Jamita dos Santos Tirina – Graduada em Letras Língua Portuguesa e suas respectivas Literaturas pela Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Campus de Guajará-Mirim/RO. Membro do Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas – GEIFA. Email: [email protected]
Lindalmir Barroso Medeiros Dutra – Especialista em Coordenação Pedagógica pela Escola de Gestores da Educação Básica- RO. Graduada em Pedagogia. Coordenadora Pedagógica da Rede Estadual de Ensino de Rondônia. Email: [email protected]
Lysne Nôzenir de Lira Lima – Mestranda em Educação na Universidade Estadual de Roraima – UERR. Especialização em MBA em Gestão de Pessoas – Estácio/AM, Mestre em Educação pela Universidade Alcalá de Henares – ES. Professora da Secretária Estadual de Educação do Estado de Roraima – SEED, exercendo função de formadora no Centro de Formação dos Profissionais de Educação em Roraima – SEED/CEFORR/RR – Boa Vista – Roraima – Brasil – E-mail: [email protected].
Manoel Messias Feitosa Soares – Mestre em Letras – Linguagem e Identidade, pela UFAC. Especialista em Psicologia Educacional e Escolar, pela UNINORTE. Graduado em História, pela UFAC. Acadêmico do curso de Psicologia/UFAC – Membro do Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas–GEIFA. E-mail: [email protected].
Marcela Pagno Müller – Graduada em Letras pela Universidade Estadual de Mato Groso – UNEMAT. Professora da rede particular de ensino de Tangará da Serra. Acadêmica de Psicologia no Instituto FAEST, Tangará da Serra – MT. E-mail: [email protected]
Márcia Dias dos Santos – Mestre em Ciência da Linguagem pela Fundação Universidade Federal de Rondônia. Graduada em Letras Língua Portuguesa e suas respectivas Literaturas. Docente do Ensino Superior/ UNIR- Campus de Guajará-Mirim. E-mail: [email protected]. Membro do Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas – GEIFA.
Silvana Rodrigues Pinto Verciano – Graduada em Letras pela Universidade Estadual de Mato Groso – UNEMAT. Professora da Rede Estadual de Ensino do Estado de Mato Grosso. Gestora Escolar. Acadêmica de Psicologia no Instituto FAEST, Tangará da Serra – MT. E-mail: [email protected]
Tanous Melhem Bouchabki Neto – Especialista em Docência no Ensino Superior. Graduado em Administração de Empresas pela Fundação Universidade Federal de Rondônia/UNIR. – Câmpus de Guajará-Mirim. Membro do Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas – GEIFA. Email: [email protected]
Valdinei Parizzi – Acadêmico de Psicologia no Instituto FAEST, Tangará da Serra – MT. E-mail: [email protected]
Vanuza Ferreira da Silva – Especialização Graduação em Educação Especial e Inclusão pelo Instituto de Mato Grosso de Pós graduação – IMP, Graduação em Pedagogia pela Faculdades Integradas de Tangara da serra MT – FITS, Professora pela Prefeitura Municipal de Barra do Bugres – MT e Acadêmica do Curso de Psicologia, FAEST/UNISERRA. E-mail: [email protected]
Vilmar Pereira dos Santos – Graduado em Psicologia pela Faculdade de Rolim de Moura – FAROL. E-mail: [email protected]