As empresas familiares brasileiras carregam traços singulares em sua origem, pois são organizações que tiveram como ponto de partida a união e a dedicação de grupos familiares de diversas origens e culturas com objetivo de empreenderem o seu próprio negócio neste país. Consequentemente, convivendo com as tarefas cotidianas, os filhos crescem acompanhando e convivendo com o empreendimento familiar e de forma natural, adquirindo inicialmente o mesmo modelo de gestão. Geralmente são eles os futuros administradores do empreendimento e carregam com sigo o propósito e a responsabilidade de levar os sonhos e planos da família fundadora adiante.
Segundo Monteiro (2012), no Brasil, 90% das empresas formalizadas são de propriedade familiar. Essas empresas são consideradas negócios de pequeno e médio porte, contribuindo expressivamente na empregabilidade no país.
Grande parte dessas empresas se inicia com pouca estrutura física e muitas vezes sem nenhum conhecimento administrativo formal. Além disso, outros transtornos como a ausência do preparo para a sucessão, acabam impedindo o acontecimento da transição sucessória para a 2º e 3º gerações, fatores estes que as levam a passar por altos riscos na sua sobrevivência.
Atualmente o nível estabelecido de aperfeiçoamento para que as empresas mantenham-se em competitividade é elevado. Sabe-se que as empresas (familiares ou não) precisam se profissionalizar, se integrar às novas formas de administração e tecnologia. Destacam-se aquelas que buscam inovação, planejamento e adaptação contínua às mudanças, minimizando e solucionando os problemas que possam eventualmente surgir. Com as empresas do tipo familiar não é diferente, a busca pela qualidade dos serviços através de atividades profissionalizantes tendem aumentar cada vez mais e assim, os gestores buscam soluções que possam ser aplicáveis dentro de suas empresas com o propósito de evoluírem continuamente suas atividades. O mercado de trabalho necessita de gerentes com competências e habilidades inerentes a função, capazes de conduzir todo o processo de transformação pelas quais as organizações estão vivenciando, levando-as a um desempenho superior. Esse novo gerente precisa ter flexibilidade para as mudanças do mercado, com capacidade para tomada de decisões sempre alinhados com os objetivos das organizações. É preciso considerar também que o mercado está à procura de profissional dedicado e com experiência no mercado em que atua.
O gerente precisa conhecer a organização e entender que sua equipe precisa ser valorizada, fazendo com que os mesmos procurem alcançar os seus objetivos profissionais e pessoais, de modo que estando motivados estarão ajudando a empresa a alcançar suas metas e desempenho superior diante ao mercado.
O sucesso das empresas depende direta ou indiretamente do sucesso dos gerentes em suas atividades internas ou externas. O trabalho gerencial é fundamental na definição e alcance dos objetivos organizacionais, na formulação e implementação de estratégias e na realização da visão de futuro da empresa sem esquecer que todo seu trabalho depende da forma que ele irá liderar sua equipe.
Desta forma Chiavenato (2003, pag. 03 apud Katz 1955, pág. 33-42) destaca que, “o sucesso do administrador depende mais do seu desempenho e da maneira como lida com pessoas e situações do que de seus traços particulares de personalidade. Depende daquilo que ele consegue fazer e não daquilo que ele é”.
Desta forma podemos entender também que o gerente é um líder e como afirmação de Bennis (1996, p. 78), “a presença do líder é importante para a eficácia das organizações, para as frequentes turbulências e mudanças do ambiente e para a integridade das instituições”.
Portanto, o estudo poderá fornecer dados relevantes para que os gestores de diferentes ramos de atividades possam atuar pensando que sua liderança é um dos elementos importantes no desempenho superior da organização. Sendo assim, faz-se necessário entender o quanto é necessário está sempre melhorando buscando seu aperfeiçoamento profissional.
Sobre as autoras
Carla Rossana de Araujo Torres Nogueira, Cristiane Guidini de Oliveira e Shênia Rochéli de Menezes Córdova.