No Brasil cerca de 14,5 milhões de pessoas têm 65 anos ou mais. Isso corresponde a 8,6% do total da população do país, com projeção para 9,7% em 20507,8. A ampliação dessa faixa etária está associada ao aumento de doenças crônico-degenerativas, como a depressão 9,10. Esta patologia afeta cerca de 1 a 3% dos idosos na comunidade, 10 a 12% nos pacientes ambulatoriais e 10 a 15% nos hospitalizados13,26. Alguns dos fatores de risco desta doença, são: sexo feminino, idade, viuvez, baixa escolaridade e renda, limitação funcional, uso de fármacos e comorbidades16,18. O presente estudo objetivou identificar a prevalência de depressão no ambulatório de Saúde do idoso, do Centro de Especialidades Médicas do Cesupa (CEMEC); identificar a prevalência de comorbidades em idosos com diagnóstico de depressão e reconhecer associação entre doenças crônicas e depressão em idosos cadastrados nesse ambulatório. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico em prontuários de pacientes atendidos no ambulatório de Saúde do Idoso. A amostra foi constituída por 155 prontuários cadastrados no CEMEC, de onde foram obtidos os dados. Foi aplicado o teste Qui-quadrado para amostras independentes, foram utilizados os softwares Excel© 2010 e Word© 2010, para análise dos dados e formatação dos gráficos e tabelas. Nesta pesquisa, pode-se observar que a prevalência foi de24,51%, indicando que há cerca de 25 casos de depressão a cada 100 idosos atendido neste ambulatório. As variáveis associadas ao risco de depressão identificadas foram: sexo feminino, idade avançada, situação conjugal (ser solteiro, separado/divorciado), baixa escolaridade, doenças crônicas, e prática de exercícios físico. E quanto ao perfil dos pacientes atendidos no Ambulatório de Saúde do Idoso foi: sexo feminino, depressão leve, casados(as), com 60 a 69anos, aposentados(as), católicos(as), sedentários(as), em uso de 4 a 6 medicações e com 4 a 6 comorbidades associadas (principalmente HAS, DM e Osteoartrite). Diante disso, observa-se a importância de identificar o perfil clínico da população estudada, para que assim possamos intervir de forma mais direcionada nesta problemática. Garantindo o envelhecimento saudável à população, além de diminuir gastos públicos.
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