Hoje o céu escureceu cedo e enquanto os trovões e relâmpagos pareciam rasgá-lo, pensei em como jamais durmo agradecendo pela chuva que alivia a seca do nordeste brasileiro, lugar em que se perde o pouco que existe, o gado padece pela sede, tornando-se uma fonte de alimentação para os corvos e a limitada quantidade de água encontrada é dividia entre a família e os animais.
Reconheço a ingenuidade daquelas crianças que na falta de brinquedos, inventam as mais ilusórias brincadeiras num terreiro de terra batida, com a poeira sendo levantada e sacolas plásticas transformando-se em bolas, pipas e qualquer madeira é valorizada, porque a imaginação possui o seu próprio par de asas. À medida que o tempo passa a mãe precisa do filho para buscar água, visando banhar-se adequadamente.
(Trecho da obra)
SOBRE A AUTORA
“Nome Rosâna M. Santos. Estudo 2 grau completo. Tenho 34 anos. Meus pais e eu também somos agricultores Escrevo sobre a vida cotidiana. Escrevo estória curta as maioria das vezes fantasia e reflexão da vida humana. Eu sou uma pessoa que tentar sobreviver, a minha própria loucura usa os meus textos como terapia. Meus erros são meu mundo, meu aceito uma vitória. Nada de especial, comecei a escreve com uma terapia ocupacional, minha psicóloga me incentivou, sofre de uma doença que me fazer ouvir vozes e tem sonhos e visões. Bons e ruins. Pelo que entende é uma forma de esquizofrenia F29 foi diagnóstico do meu psiquiatra. Sempre estudei em escola pública, do primário até quarto ano do ensino médio. Faço tratamento psiquiátrico e psicológico no caps. da minha cidade. Meus pais são trabalhadores rurais, estudaram até a primeira serie. Eu sou autora dos meus textos, não sou escritora, só colocou no papel minha loucura. Meu pior desespero é quando me perco dentro de mim mesma e me debato para acha uma saída, desse mundo de ilusão criado por mim mesma. Minha biografia não é muito promissora, mas é verdade ,fazer o que”. (A AUTORA)