O primeiro importante marco da Microbiologia foi a invenção do microscópio, no início do século XVII, por Antony Van Leeuwenhoek. O microscópio possuía apenas uma lente, a qual permitia um aumento visual de 300 vezes. Leeuwenhoek usou o microscópio simples com uma única lente para observar os pequenos seres vivos em amostras de solo, rio, saliva e fezes, denominando-os de “animálculos”. O microscópio primitivo foi aprimorado por Robert Hooke, com a inserção de uma lente que permitia maior aumento do campo de visão. A partir das observações de Leeuwenhoek e Hooke foram descobertas as células, que posteriormente foram reconhecidas como a unidade fundamental da vida.
O aperfeiçoamento do microscópio e as contribuições dadas pelo francês Louis Pasteur, permitiu que a teoria da abiogênese fosse derrubada, a qual defendia o surgimento de vida a partir da matéria não viva. Desse modo, surge a teoria da biogênese no século XIX, defendida por Pasteur e outros que compartilhavam dessa teoria, que por meio de dois experimentos conseguiu demonstrar a impossibilidade da geração espontânea.
Outro grande nome na chamada “Idade de Ouro da Microbiologia”, foi o médico alemão Robert Koch, que através de seus postulados fez associação dos micróbios com as doenças, contribuindo ainda com a descoberta de vários agentes de doença, como Mycobacterium tuberculosis, Vibrio cholerae e Bacillus anthracis.
O médico Alexander Fleming, por sua vez, ao estudar a bactéria Staphylococcus aureus, descobriu de modo acidental a penicilina. Fleming deixou uma de suas culturas de S. aureus aberta e, naturalmente, houve o crescimento de fungos na placa. Entretanto, Fleming observou que onde cresceu o fungo não houve crescimento bacteriano. Assim, o médico constatou que o fungo, identificado como Penicillium notatum, produzia uma substância que impedia o crescimento bacteriano.
Em 1938, a penicilina foi isolada por Ernst B. Chain e Howard W. Florey. Devido a Segunda Guerra Mundial, havia uma grande necessidade de tratar os feridos, por isso, Florey deu continuidade à pesquisa de Fleming e extraiu um pó marrom do fungo cultivado. Essa substância foi testada em muitos tipos de bactérias, com grande eficácia. Este foi o primeiro antibiótico natural produzido na história, e a partir dessa descoberta, a indústria passou a produzir penicilina e outros antibióticos para o combate de infecções, como tuberculose, sífilis e pneumonia.
Todos esses representam grandes nomes na história da microbiologia, cujos estudos tornaram-se base para diversas pesquisas, agregando a esta área um conhecimento cada vez mais refinado. Atualmente, os laboratórios de microbiologia possuem sistemas automatizados com tecnologia avançada para o diagnóstico fidedigno dos microrganismos patogênicos, possibilitando ao paciente maior rapidez na emissão de resultados, bem como um tratamento mais preciso.