A reclusão literária não é bem vinda para o nosso tempo. Os muros caíram. Outros estão sendo construídos. Uma consciência renovada que tenta estabelecer uma reorientação que não exclui o elemento multicultural sempre será bem vinda. Assim propõe-se começar a enxergar a Literatura comparada. Apre(e)nder a alteridade das fronteiras e dos imaginários, colocando à prova formas e essências literárias oscilantes, percebendo que a identidade muda quando muda o homem, e que também os contrários existem. Por isso, avante abordam-se temas, autores, teorias, disciplinas, áreas de conhecimentos, eixos sociais e toda uma primeira espécie de pluralidades tão inerentes à Literatura comparada quanto aos nossos dias.
Ler é um encontrar o tempo necessário. Ler é uma perda de tempo necessária. Ler é o encontro da perda de mundos: autor-texto-leitor. Ler a partir de uma área do conhecimento com vistas ao diálogo com outras ciências e disciplinas de modo dialogante para um pensar global universitário.
Comparar-se e comparar-nos com reverência faz com que, mínima ou maximamente, realize-se um exercício saudável e dialogal, se o propósito for olhar o outro de forma respeitosa em diálogo de si para uma humanidade plural. Ou seja, pessoas, mundo, conhecimentos, sabedorias, interesses, realidades, fantasias e a vida que se (re)inventa com muitas diversidades que passam e ficam diante de seus olhos e olhares.
Costuras e (des)dobras da Literatura comparada: apresentaremos algumas à frente.
Logo, boa(s) leitura(s).